Conheça Shizuoka

SHIZUOKA
Mar, Montanha e… Chá
 

Colina tranquila:  essa seria a tradução literal do nome ‘Shizuoka’. Não é difícil de entender a pessoa que decidiu colocar esse nome na região que hoje é ocupada pela província. Onde quer que você vá — e a província é extensa —, elevações produzem belas paisagens, algumas cobertas de mata e outras de campos de chá. Isso sem contar, claro, com a maior e mais simbólica de todas as montanhas do país, o Monte Fuji, que fica na divisa com a província de Yamanashi e pode ser visto de diversos locais.
Perto de Tóquio o suficiente para não estar isolada mas distante o bastante para não ter sido contaminada pela suburbanização, a província tem, na medida perfeita, cidades grandes como Hamamatsu e a capital, também chamada de Shizuoka, e áreas menos adensadas, onde se pode curtir a natureza e viver experiências tradicionais.
Com um clima privilegiado — em especial no inverno, que costuma ser ameno — a província também é um paraíso de produtos naturais. O chá verde é o mais conhecido todos. Mas não é difícil de encontrar locais para comprar frutas frescas como morango e tangerina, além do wasabi, produzido com a água que vem das montanhas.
Além disso, Shizuoka é o lar de mais de 30 mil brasileiros, o que traz sempre aquele sentimento de estar em casa. Cidades como Hamamatsu (olha ela aí de novo!), Iwata, Fukuroi, Kikugawa e Kakegawa são algumas das cidades com um grande número de compatriotas e isso quer dizer, claro, que é fácil encontrar gastronomia e serviços brasileiros aqui e ali.

Passeio no lago em Hamamatsu
Maior município da província de Shizuoka, Hamamatsu também é a cidade com mais brasileiros no Japão. Por isso, não é incomum encontrar gente falando português nas inúmeras atrações da cidade. Quem gosta de natureza não vai se decepcionar com o Lago Hamana (Hamanako, em japonês). Antigamente composto por água doce, o lago foi atingido por um forte terremoto no ano de 1498 que o conectou com o mar. Hoje lago de água salgada é um dos pontos turísticos mais visitados de Hamamatsu.
Na margem norte do Hamanako fica Kanzanji Onsen, uma estância de águas termais criada no entorno do templo que lhe dá nome. Com 800 anos de história, o Kanzanji foi fundado por Kobo Daishi, um dos monges responsáveis pela expansão do budismo pelo Japão, por volta do ano 800. Localizado em uma colina acessível por teleférico, o templo dedicado a Kannon é conhecido, também, por atrair pessoas interessadas em encontrar a sua metade da laranja.

Um dos pontos turísticos mais visitados de Hamamatsu.

Criadas comercialmente nas águas salgadas do lago, as enguias são uma iguaria da região. São diversos os restaurantes que oferecem pratos com este peixe de aparência estranha para nós é considerado um superalimento. Rica em cálcio e em vitaminas B, D e E, a iguaria oferece toda a estamina necessária para encarar o calorão japonês.

Peixe com um sabor levemente adocicado.

Não muito distante do lago, o Unagi no Kojimaya, um dos restaurantes mais populares de enguia na região. Ali, é possível provar a iguaria de duas formas. O shirayaki é a mais simples, com o peixe temperado, basicamente, com sal, valorizando o sabor do ingrediente. Mas a forma mais nobre de comer a iguaria é na forma de um belo kabayaki. Aqui, a enguia é caramelilzada com um molho tarê feito com shoyu, mirin, açúcar e saquê. O resultado é o peixe com um sabor levemente adocicado, ideal para harmonizar com saquês mais rascantes. Para fechar o passeio, vale a pena seguir para a margem sul do lago até a praia de Bentenjima, onde um portal torii no mar é o momento #instabae do passeio. O pôr do sol no local é considerado um dos mais bonitos do Japão.

O pôr do sol no local é considerado um dos mais bonitos do Japão.

Chá e história em Kakegawa
Outra cidade com um grande número de brasileiros, Kakegawa, junto com a vizinha Kikugawa, forma o principal eixo de produção do chá na província de Shizuoka. Além disso, a torre do castelo da cidade foi a primeira do país a ser reconstruída em madeira, o material original usado nessas construções históricas.
Castelos japoneses sofreram um grande revés no final do Período Meiji quando foram destruídos ou deixados à própria sorte como forma de aniquilar de vez o poder dos antigos senhores feudais. Não foi o caso de Kakegawa que foi destruído por um terremoto em 1854, poucos anos antes do fim do xogunato Tokugawa. Apesar de uma parte da sua área ter sido usada pelo governo local, a reconstrução da torre só rolou nos anos 1990, com a ajuda de uma vaquinha que levantou cerca de 1 bilhão de ienes.
Além da visita à torre, repleta de informações e objetos históricos, o visitante pode conhecer o palácio do castelo, um dos quatro únicos exemplares do tipo ainda existentes no Japão. O palácio era o espaço de trabalho do daimyô e de outros funcionários públicos de alta graduação na administração local. Outro destaque da visita é a casa de chá onde se pode apreciar o matchá de alta qualidade produzido na região.

O palácio era o espaço de trabalho do daimyô e de outros funcionários públicos.

As águas azuis de Sumatakyo
Um dos lugares mais #instabae da província de Shizuoka fica no vale do Rio Sumata, um dos afluentes do Rio Oi. Trata-se da Yume-no-Tsuribashi, uma ponte pênsil sobre um lago de cor azul. Apesar da fama, no entanto, o lugar não é de fácil acesso. Quem se aventura de transporte público, precisa pegar um trem regular e um de montanha, além de uma linha de ônibus. A vantagem é que a localidade, que também é uma estância de águas termais, não atrai o turismo de massa e, por isso, é possível curtir os passeios na natureza sem aquele grande número de gente!   O acesso precário é compensado pela paisagem. As margens do Rio Oi são repletas de plantações de chá que ficam ainda mais charmosas se apreciadas de dentro do SL, uma locomotiva a vapor que faz algumas viagens por dia até o sopé da serra, onde se embarca num trenzinho de montanha. A criançada também costuma se divertir com a locomotiva inspirada no personagem principal da série animada Thomas and Friends.

Monte Fuji

Localizada a alguns minutos de caminhada do centro da vila, a Yume-no-Tsuribashi tem 90 metros de comprimento e 8 de altura. Dali, é possível fazer uma rota pela montanha que ganha um amarelo especial no outono, durante a temporada do koyo, o processo de envelhecimento das folhas das árvores decíduas.

A magia da maior montanha do Japão
Símbolo do Japão, ninguém se cansa de ver e de falar sobre o Monte Fuji. Shizuoka é privilegiada por ter inúmeras vistas da montanha. São tantas que fica até difícil escolher. Fujinomiya é uma das cidades que fica no sopé do Fuji-san, que é o nome da elevação em japonês.

Um dos lugares mais interessantes para se ver o Fuji.

Aqui fica o Tanuki, um lago artificial criado sobre um pântano com águas do Rio Shiba, que corre nas redondezas. Com pouco mais de 3 km de circunferência, o lago é outro local com acesso difícil de transporte público. Não há linhas de trem para a região e os ônibus circulam em poucos horários.
No entanto, o parque que circunda o Tanuki é um dos lugares mais interessantes para se ver o Fuji e não é só pelo espaço abundante, cercado de verde e muito bem preparado para receber visitantes. O reflexo da montanha no lago é, simplesmente, perfeito.
Como isso não bastasse, duas vezes ao ano, o sol nasce bem no alto da cratera do Monte Fuji, um evento chamado pelos observadores de Fuji Diamante. Na terceira semana dos meses de abril e agosto, gente de todo país visita ao lago bem cedinho, pela manhã, para fotografar o fenômeno. Belíssimo!

Balneários entre montanhas
Quem gosta de mar não vai se decepcionar na Península de Izu, na parte mais leste da província, a cerca de 100 quilômetros de Tóquio. Atami é a porta de entrada para a região e é conhecida por seus ryokan, pousadas tradicionais japonesas, que oferecem banhos de águas termais.
A partir daqui, península a dentro, a paisagem montanhosa, sempre margeada pelo mar, domina. Shirahama fica na cidade de Shimoda e é uma das praias mais visitadas da região. Em contraste com a areia branquíssima, o mar cor de turquesa ganha beleza ainda mais dramática. Famosa, a praia costuma atrair hordas de turistas no verão.

A vista marinha a partir dos penhascos é inesquecível.

Na parte mais meridional da península fica o Cabo Irozaki, uma das paisagens costeiras mais belas do Japão. Extremamente recortado e formado por rochas vulcânicas, a vista marinha a partir dos penhascos é inesquecível. O local conta, ainda, com um farol. Quem gosta de trilhas pode se aventurar pela área do Cabo Tarai. Uma trilha parte de Yumigahama, uma praia de areia branca, e segue pela montanha até Touji que é, por sua vez, uma praia de cascalho. No caminho, a vista do litoral é estonteante e prova que, em Shizuoka, escolher entre o mar e a montanha é completamente desnecessário. Aqui tem tudo!

Conteúdo cedido por jpguide.co

Conheça Fukuoka

Fukuoka – A Locomotiva de Kyushu

Uma das mais dinâmicas províncias do Japão, Fukuoka é o motor econômico da ilha de Kyushu. Parte importante do desenvolvimento do Japão desde a Antiguidade, a província também é um dos polos históricos e culturais do país. Vamos  te levar para conhecer as principais atrações turísticas da província. Vem com a gente! Maior cidade da província, Fukuoka é, também, a maior área urbana da ilha de Kyushu e uma das mais importantes do Japão. Pela proximidade com o continente — Fukuoka é mais perto de Seul do que de Tóquio —, a cidade se desenvolveu em torno de intensas trocas culturais e comerciais. Isso se traduz hoje numa metrópole dinâmica e repleta de atrações, que costuma surpreender e encantar os visitantes.


Bem no centro ficam as ruínas do Castelo de Fukuoka, num parque que foi nomeado a partir do apelido dado à antiga construção: Maizuru. Destruído no início do Período Meiji, de acordo com a política do Imperador de apagar todos os vestígios do xogunato, o castelo era a maior construção do tipo em Kyushu. Sobreviveram, no entanto, alguns portais, à base de pedra do castelo e uma parte do fosso que existia no entorno. Ainda assim, o parque é uma das principais atrações da cidade na época da floração das cerejeiras, no final de março ou início de abril. Aqui, os locais costumam fazer o hanami, a observação das flores, quase sempre acompanhada de um piquenique.

Vizinho ao Maizuru fica o Parque Ohori, que cerca um lago que fazia parte do fosso do castelo. (Aliás, ohori quer dizer ‘grande fosso’.) Com cerca de 2 quilômetros de circunferência, o parque é conhecido pela sua construção em estilo chinês, com três pequenas ilhas no meio fosso conectadas por belas pontes. É o tipo de lugar que os japoneses chamam de instabae, ou seja, instagramável.


Na área próxima ao lago, fica um dos principais espaços culturais da cidade, o Museu de Arte de Fukuoka, que tem uma variada coleção que vai de estátuas budistas do século 11 até obras de pintores europeus, como Joan Miró e Salvador Dalí. Outro espaço a ser visitado é o Jardim Japonês, com suas casas de chá e outras representações. Não muito distante do jardim, fica o Santuário Gokoku, com seu enorme portal de pedra.

Comida de rua
A atração mais conhecida de Fukuoka é, sem dúvidas, os yatai — barraquinhas de lona com poucos lugares. Aqui é possível conhecer o melhor da gastronomia popular da cidade. Existem yatai espalhados por diversos pontos do centro de Fukuoka, mas o mais conhecido fica em Nakasu, uma ilha no Rio Naka, perto do desembocadouro e no porto da cidade. Ali se pode comer yakitori (espetinho grelhado de frango), oden (caldeira de legumes e outros elementos) e o famoso hakata lámen, uma especialidade local.


Feito com um macarrão fino, esse estilo de lámen leva caldo de porco tonkotsu, além dos elementos de cobertura como o ovo cozido marinado e o lombo de porco char-siu. Quem ama lámen também não fica de barriga vazia. No universo do hakata lámen existe a cultura do kaedama, ou seja, pedir uma porção extra de macarrão para completar a sopa. Uma maravilha!

Competição tradicional
Se houvesse uma Olimpíada no período feudal, o esporte japonês por excelência seria representado por times de Fukuoka. A cidade organiza anualmente o Hakata Gion Yamakasa, um festival tradicional que tem como base uma competição de andores que tem mais de 700 anos de história. Sete grupos do distrito de Hakata percorrem as ruas da cidade com um andor, que pesa cerca de uma tonelada.


Chamadas em japonês de yamakasa, essas alegorias são divididas em dois tipos. Os kazariyama têm cerca de 13 metros de altura e eram usados nas competições no passado, antes da difusão dos cabos de luz elétrica pela cidade. Então, eles ficam parados em algumas partes da região de Hakata, no entorno do Santuário Kushida, que organiza o evento.
Já os kakiyama são os andores usados na competição em si. Eles não têm rodas e trazem sempre uma alegoria principal, além de seis pessoas que vão sentadas, como se estivessem numa grande carruagem. Por volta de uma dúzia de outros participantes carregam o andor nos ombros, o mais rápido que conseguem. Um grupo de “reservas” corre ao lado dos colegas, os substituindo ao longo da jornada de 4km, cheia de curvas.
O festival rola em julho e, já no primeiro dia do mês, os kazariyama são instalados para o público. A competição nas ruas da cidade rola no dia 15, mas nos dias 12 e 13, os participantes fazem dois treinos, respectivamente, no percurso completo e outro do bairro de Tenjin até a prefeitura, onde o alcalde recebe os competidores. Na data da competição, o primeiro grupo larga pontualmente às 4:59 da manhã e cada percurso leva cerca de 30 minutos para ser realizado.

CIDADE HISTÓRICA
Pouca coisa em Dazaifu diz que esta pacata histórica foi o centro político da ilha de Kyushu por cerca de 5 séculos. Na época em que Hakata, hoje parte de Fukuoka, era o principal porto da região, era em Dazaifu que se tomavam as decisões diplomáticas da corte com relação aos vizinhos do continente e as defesas do país. Dazaifu é repleta de belos templos e construções antigas, além de um excelente e ultramoderno museu histórico.

Sem dúvidas, o mais conhecido espaço religioso da cidade é o Santuário Tenmangu, dedicado a Tenjin, a divindade do saber e da escolaridade, que antes de ser “canonizado” era um influente pesquisador, professor e poeta. Sugawara no Michizane serviu à corte em Kyoto por muitos anos, em diversos cargos de alto prestígio, ao longo do século 9. No entanto, a ascensão ao trono de um novo imperador fez com que Sugawara caísse em desgraça e o homem acabou sendo exilado em Dazaifu, onde morreu.

Sua vida — e sua morte — originaram diversas lendas. Uma delas é chamada de Tobiume a história de uma ameixeira voadora. Sugawara tinha devoção por uma ameixeira que existia perto do lugar em que ele morava em Kyoto. Ao se despedir da cidade, rumo ao exílio, o homem chegou a compor um belo poema para a árvore.

Quando soprarem os ventos do oeste
espalha o teu perfume, ó flor de ameixeira
Mesmo que teu mestre se tenha ido,
nunca te esqueças da primavera

Tempos depois, conta a lenda, uma ameixeira semelhante a que ele deixou em sua cidade natal nasceu e cresceu bem próximo do local onde Sugawara vivia em Dazaifu. Passou-se a acreditar, então, que a ameixeira de Kyoto tenha voado até encontrar seu mestre, a mais de 500 quilômetros de distância.
Quando Sugawara morreu, a então capital japonesa entrou em colapso por causa de uma peste e de outros problemas. A população, então, passou a acreditar que o homem fora exilado mesmo sendo inocente. Assim, a corte decidiu construir um santuário para apaziguar a sua alma, o Kitano Tenmangu de Kyoto, onde um festival para as ameixeiras é realizado anualmente. Décadas depois, Sugawara foi “canonizado” e passou a ser considerado uma divindade. Em Dazaifu, no local de sua tumba, foi construído um santuário que ganhou o nome de Dazaifu Tenmangu. Em meados de fevereiro, as 6 mil ameixeiras do espaço ficam floridas, um espetáculo em homenagem a um homem que, em vida, valorizou os saberes e soube apreciar as coisas belas da vida.

Casa do saber
Não muito distante do Dazaifu Tenmangu, fica o Museu Nacional de Kyushu, um excelente espaço para quem quer aprender mais sobre a história do Japão. Apesar de sua aparência ostentatória, toda envidraçada é envolvida em linhas de concreto azuis; o museu tem uma enorme coleção e a exposição aproveita de vários recursos, inclusive audiovisuais, para informação ao público. No espaço Ajippa, por exemplo, games e objetos que podem ser tocados contam a história de culturas da Ásia de forma atraente para os pequenos. As informações também são dispostas em inglês, o que pode ajudar quem não lê em japonês.

AO NORTE E AVANTE
Como o nome da própria cidade já entrega, Kita-kyushu é a cidade mais setentrional da província de Fukuoka e da ilha de Kyushu. Kita, em japonês, significa “norte”. Formada, em 1963, pela fusão de quatro municípios, Kita-kyushu é a locomotiva industrial da província. Sua localização privilegiada, numa das pontas do estreito que separa as ilhas de Kyushu e Honshu, fez com que a região se desenvolvesse ao longo dos séculos, também como porto marítimo. A importância industrial da localidade era tamanha que Kokura, uma das antigas cidades que formam a atual Kita-kyushu, era o alvo inicial da bomba atômica que os americanos acabaram lançando sobre Nagasaki por causa do mau tempo na região.O Porto de Moji é um dos lugares mais charmosos da cidade. Chamado em japonês de Moji-ko, ele floresceu no século 19, durante a industrialização ocorrida no Período Meiji (1869 – 1912). Isso se reflete nas construções em estilo ocidental da área. Vários deles são abertos ao público, transformados em cafés, restaurantes e livrarias. A Antiga Alfândega do porto, por exemplo, virou uma galeria de arte, com exposições gratuitas. Bem ao lado fica o Observatório Mojiko Retro, construído num prédio modernoso, mas que oferece uma vista sensacional do porto e do estreito de Kanmon.

Castelo reconstruído
Em 1866, já no embalo do fim do xogunato, o Castelo de Kokura foi incendiado e completamente destruído. Dificilmente ele teria outra sorte se o fogo não tivesse lhe dado um fim. Não muito longe dali, o já comentado Castelo de Fukuoka foi ao chão, como muitas outras construções relacionadas ao xogunato, a mando do imperador Meiji.
No entanto, a população de Kokura não se resignou. Em 1959, o castelo foi reconstruído, desta vez em ferro e concreto para não correr riscos. No seu entorno, foi construído quatro décadas depois, um belo jardim japonês que pode ser admirado de uma enorme varanda de tatami. A revitalização do espaço do antigo castelo se completa com as cerejeiras que também ficam em flor no final de março e no início de abril, tornando o Parque Katsuyama, fundado na área do antigo castelo, um dos mais disputados pontos de observação das flores em Kitakyushu..


Parque MaizuruEndereço: Fukuoka-ken Fukuoka-shi Chuo-ku Jonai 1.https://goo.gl/maps/rqyrgbLMF2C1TiGj6

Parque OhoriEndereço: Fukuoka-ken Fukuoka-shi Chuo-ku Ohori Koen 1.
https://goo.gl/maps/oem1wzB31aAsJQEu5

Museu de Arte de Fukuoka
Endereço: Fukuoka-ken Fukuoka-shi Chuo-ku Ohori Koen 1-6.
Horário: das 9 às 17:30 (entrada até as 17:00).www.fukuoka-art-museum.jp
https://goo.gl/maps/weZ238QDfsiCeZ4E6

Yatai de NakashuEndereço: Fukuoka-ken Fukuoka-shi Hakata-ku Nakasu 8.
Santuário Dazaifu TenmanguEndereço: Fukuoka-ken Dazaifu-shi Saifu 4-7-1.
www.dazaifutenmangu.or.jpEntrada franca (com exceção dos museus).
https://goo.gl/maps/9wz57mxVL3e4hTM9A

Museu Nacional de KyushuEndereço: Fukuoka-ken Dazaifu-shi Ishizaka 4-7-2.Valor: ¥700 adultos, ¥350 estudantes universitários, gratuito para estudantes de níveis inferiores.Horário: das 9 às 17:00 (entrada até as 16:30; fechado às segundas-feiras que não forem feriado nacional, neste caso, o museu fecha na terça).www.kyuhaku.jphttps://goo.gl/maps/cFwdKhMDEL1KYw93A

Porto de MojiEndereço: Fukuoka-ken Kitakyushu-shi Moji-ku Mojiko.
Observatório Moji RetroEndereço: Fukuoka-ken Kitakyushu-shi Moji-ku Higashi-Minatomachi 1-32.Valor: ¥300.Horário: das 10 às 22 horas (entrada até as 21:30).
https://goo.gl/maps/kRXwDErFcRrXpL6SA

Castelo de KokuraEndereço: Fukuoka-ken Kitakyushu-shi Kokura-ku Jonai 2-1.
Valor: ¥350 (um tíquete combinado de ¥700 permite o acesso ao castelo, ao jardim e ao vizinho Museu Memorial de Matsumoto Seicho).Horário: das 9 às 17 horas (estendido até as 18 horas em certas épocas do ano).
https://goo.gl/maps/RLzBAtmbCm8meRSY9

Jardim do Castelo de Kokura
Endereço: Fukuoka-ken Kitakyushu-shi Kokura-ku Jonai 1-2.
Valor: ¥350 (um tíquete combinado de ¥700 permite o acesso ao castelo, ao jardim e ao vizinho Museu Memorial de Matsumoto Seicho).Horário: das 9 às 17 horas (estendido até as 18 horas em certas épocas do ano).
https://goo.gl/maps/4u747BZws4iXAUhNA

 

Conteúdo cedido por jpguide.co

Conheça Osaka

Osaka – Uma Explosão de Japão

Osaka costuma confundir a cabeça de quem visita o Japão. Nem era para ser assim. Como no caso de São Paulo e do Rio de Janeiro, a palavra Osaka é usada para se referir à província (o equivalente aos estados do Brasil) e à sua capital. Província de Osaka, capital Osaka: simples assim. Tanto a província quanto a cidade são potências econômicas do Japão. Produto interno bruto provincial representa uma fatia de 4% do  PIB do país e é equivalente ao da Noruega. A cidade, por sua vez, tem um PIB equivalente ao da Nova Zelândia. E isso não vem de hoje! Historicamente, Osaka sempre aparece como uma das áreas mais vibrantes do país. Mercadores construíram a reputação de Osaka para a circulação de bens e serviços, algo que dura até os dias de hoje.

O povo de Osaka é tido como alegre, descontraído e muito bem humorado.

Sabendo isso, alguém pode imaginar que os osaquenses são gente sisuda e que vive para o trabalho. Mas esta é uma definição que passa longe do espírito da cidade e da província. O povo de Osaka é tido como alegre, descontraído e muito bem humorado. Aliás, muitos humoristas e músicos de sucesso são da província, que tem uma vida cultural agitadíssima. A noite de Osaka também não decepciona. Mas nenhuma característica fala mais do povo local do que a paixão pela gastronomia. Come-se muito e bem em várias localidades da província. Veja as dicas para conhecer atrações imperdíveis na sua viagem pela província de Osaka. Vamos nessa?

 

Comendo até cair na capital

Diferente dos toquiotas, mais sérios e formais, os osaquenses são abertos e divertidos.

Qualquer pessoa que segue no Instagram algum brasileiro que vive no Japão vai encontrar ali alguma foto de Osaka. Nossos patrícios adoram a cidade e são muitos os motivos para isso. Diferente dos toquiotas, mais sérios e formais, os osaquenses são abertos e divertidos. São traços de personalidade que se refletem no ambiente. A cidade de Osaka, por exemplo, é barulhenta, colorida e até um pouco caótica. São características que acabam caindo bem aos brasileiros, que costumam ser expansivos.

Aqui fica um dos marcos do bairro, a roda gigante da loja de departamentos Don Quijote

Dotonbori é a epítome do jeito osaquense de ser. Esta zona comercial da cidade é formada por calçadões e atrai milhares de pessoas todos os dias. Nas margens do canal que corta Dotonbori, funcionam restaurantes e alguns deles costumam até ter mesas do lado de fora, o que é pouco comum no Japão. Aqui fica um dos marcos do bairro, a roda gigante da loja de departamentos Don Quijote. Bem, roda é mesmo jeito de falar porque, diferentemente do que conhecemos, em Dotonbori o negócio tem o formato de um retângulo com as bordas curvadas.

Esta não é a única extravagância de Dotonbori. À noite, brilham no canal os luminosos de neon que fazem Osaka parecer uma concepção dos 60 do que seria uma cidade do futuro. No entanto, as luzes escondem um mundo ainda mais interessante, formado por restaurantes que oferecem o melhor da gastronomia popular de Osaka como o okonomiyaki, o kushikatsu, o fugu e, claro, o takoyaki, tão popular no Japão quanto a coxinha. (Veja os boxes.)

A relação dos osaquenses com a comida é intensa. Em Osaka, a expressão kuidaore define. A palavra é formada pelos caracteres para comer (食) e cair (倒) e, portanto, quer dizer “comer até cair”. Num primeiro olhar, a ideia mais clara que a palavra trás é encher o bucho até tombar. Porém, os locais enxergam um significado mais profundo: o de comer ao ponto de gastar todo o dinheiro que se tem. Portanto, se você é do tipo que se aventura gastronomicamente, tenha cuidado com o bolso. São tantas opções de restaurantes e comidas gostosas que mesmo os locais reconhecem que calha de você gastar todo o orçamento da sua viagem em comida, sem ter saído de Osaka.

Ao seu gosto, okonomiyaki

“Okonomi” quer dizer “ao seu gosto” e “yaki”, “grelhado”.

Uma espécie de panqueca super turbinada, o okonimiyaki é um dos pratos assinatura de Osaka. Tão extravagante quanto a cidade em si, o prato esconde uma origem humilde. Popularizado no pós-guerra, a massa quase líquida feita de farinha era uma opção num momento em que o arroz era caro demais ou difícil demais de conseguir. Colocada para cozinhar numa chapa quente, a massa aceita o que você tiver como cobertura. Daí o nome do prato. “Okonomi” quer dizer “ao seu gosto” e “yaki”, “grelhado”. Carnes, vegetais, frutos do mar, tudo orna com a panqueca que leva ainda um molho próprio, adocicado e toneladas de maionese, flocos de bonito katsuobushi e alga nori em tiras e gengibre. Um dos melhores okonomiyaki de Osaka é o Kiji, que fica na área conhecida como Shin-umeda, no entorno das estações centrais de trem da cidade.

Kiji

Osaka-fu Kita-ku Kakudacho 9−20, subsolo do Shin-umeda Shokudogai

https://goo.gl/maps/d8HEMJ3aZB7cUTwx6

 

Espetinho de… tudo

Os espetinhos eram uma forma barata e rápida de comer com satisfação.

Diz-se que o kushikatsu surgiu em Osaka no final dos anos 1920, quando a proprietária de um pequeno restaurante no bairro de Shinsekai começou a oferecer espetinhos de carne empanada, fritos por imersão. Kushi é o palitinho, o espeto; katsu é o empanado. O sucesso veio rápido. Pudera. Também chamados de kushiage (a segunda parte lê-se “ague”, que quer dizer fritura por imersão), os espetinhos eram uma forma barata e rápida de comer com satisfação. Atualmente, os kushikatsu são feitos com qualquer coisa: peixes, verduras, legumes e outros pratos também entram na roda, ou melhor, na panela. Não confunda com o yakitori, o espetinho de frango grelhado no carvão. Localizado no agitado bairro de Namba, a matriz do Sakura é considerada um dos melhores restaurantes de kushiage da cidade.

Sakura – Matriz

Osaka-fu Osaka-shi Chuo-ku Namba Sennichimae 9-12

https://goo.gl/maps/af778KGKnH1RaSRw5

 

Prazer que é risco de vida

Versátil, o peixe pode ser servido cru (como sashimi), frito, empanado e cozido.

O fugu apavora. Esta espécie de baiacu muito popular entre os japoneses possui uma substância potencialmente letal em várias partes de seu corpo. Removê-las corretamente requer conhecimento e prática e, por isso, somente cozinheiros e vendedores licenciados podem manusear o ingrediente. Em Osaka, o peixe é apelidado de “teppo”, uma palavra que significa “arma”, numa brincadeira com o potencial da letalidade do bicho.  No entanto, o sistema de controle funciona. São quase inexistentes os casos de acidentes com carne de fugu e a esmagadora maioria dos que ocorreram nos últimos 20 anos rolaram entre pessoas sem experiência em limpar o peixe que o pescaram e consumiram. Versátil, o peixe pode ser servido cru (como sashimi), frito, empanado e cozido. As ovas também são consumidas e consideradas uma iguaria. Em Osaka, um dos restaurantes de fugu mais conhecidos é o Fugutenjin.

Fugutenjin

Osaka-fu Osaka-shi Kita-ku Sonezaki 1-7-13

https://goo.gl/maps/2aJxc4jhcynN5qhV8

 

“Coxinha” de polvo

Se nós amamos de paixão as coxinhas de galinha, os osaquenses nutrem o mesmo sentimento pelo takoyaki. Ambos têm características em comum, são bolinhos com recheio e são extremamente populares. As comparações param aí. O takoyaki é feito com uma massa líquida que fica bem mais leve que a da coxinha. O recheio é de polvo, um animal não muito popular entre os brasileiros. Também, o takoyaki é grelhado em um utensílio próprio, que tem o mesmo princípio de uma torradeira só que com compartimentos em formato de meia lua no qual vários bolinhos são produzidos ao mesmo tempo. Aliás, ver o preparo do takoyaki já é uma experiência em si mesmo. Encontrar um bom lugar para comer o bolinho de polvo em Osaka nem é difícil. Mas se você quiser uma dica, o Tako Tako King tem cinco lojas na cidade. A matriz fica em Shinsaibashi, outro bairro que vale super a pena explorar.

Tako Tako King Matriz

Osaka-fu Osaka-shi Chuo-ku Higashi Shinsaibashi 2-4-25 1o. andar

https://goo.gl/maps/zR4t5LP7gHH2jn9g8

Off-Osaka 

O entorno de Osaka é cheio de cidades de diversos portes e muitas delas têm coisas interessantes para fazer. Veja algumas dicas:

 

Folhas de outono em Minoo

A menos de 30 minutos de trem do centro de Osaka, Minoo é o primeiro refúgio dos osaquenses quando eles estão cansados do caos urbano. Trata-se de um vale florestado com uma trilha que leva a uma cachoeira de cerca de 30 metros de altura. Trilha é modo de falar já que o caminho é bem pavimentado e bastante plano. No outono, quando as folhas das árvores decíduas começam a ficar amareladas ou vermelhas, o local atrai milhares de visitantes. Nesta época do ano, alguns restaurantes locais servem o momiji tempurá. Neste prato, as folhas de carvalho, símbolos do outono, são empanadas e fritas. Outro ponto que merece a visita é o Ryuanji, um belo templo budista no meio do caminho da trilha de 3 km entre a estação e a cachoeira.

Parque Minoo

Estação onde começa a trilha: Minoo, na linha Hankyu Minoo

Entrada franca.

Catacumbas antigas em Sakai

https://goo.gl/maps/cJtmAYC8jzeYW6eh8

 

Estudos indicam que o Daisenryo foi construído para ser a última morada do imperador Nintoku, que reinou no século 6.

Kofun é o nome dado aos túmulos megalíticos dos séculos 3 a 6 da era cristã, encontrados em várias partes do centro e do sul do Japão. A palavra em si significa “túmulo antigo”. A mais impressionante destas catacumbas, que ocupa uma área de quase 3 km de circunferência,  pode ser encontrada em Sakai, uma cidade-dormitório densamente povoada nos subúrbios de Osaka. Visto do alto, o Daisenryo Kofun parece uma ilha em formato de fechadura cercada por um fosso de águas esverdeadas. Estudos indicam que o Daisenryo foi construído para ser a última morada do imperador Nintoku, que reinou no século 6. Indicam porque o espaço é considerado sagrado pela Família Imperial japonesa e entrar na ilha em si não é permitido. Ainda assim, é possível passear na floresta que se formou no entorno do túmulo, além de visitar o Museu Municipal de Sakai, que fica logo em frente e conta a história do local ou o que se sabe de lá. E bem no entorno do museu ficam pelo menos outros quatro sítios arqueológicos.

Daisenryo Kofun – Museu Municipal de Sakai

Osaka-fu Sakai-shi Sakai-ku Mozusekiuncho 2 Chome

https://goo.gl/maps/sJGQhYf3GpUoaBeH7

 

Um festival selvagem

Kishiwada Danijiri Matsuri

Se tem um festival que é a cara de Osaka é o Kishiwada Danijiri Matsuri que rola no mês de setembro, no fim de semana antes do feriado de Reverência aos Idosos. Danjiri são santuários móveis, em formato de carros alegóricos de 14 metros de altura e 400 kg, que circulam levando as divindades para um passeio pela comunidade. Como estamos falando de Osaka, pode levar fé que este não vai ser um passeio monótono. Para fazer as curvas nas estreitas ruas de Kishiwada, os danjiri são puxados em um arranque só pelos jovens rapazes até fazerem a curva num estilo Velozes e Furiosos. E como se já não bastasse em termos de aventura, participantes viajam no teto dos danjiri num passeio que só perde para os dos surfistas de trem que eram populares no Brasil nos anos 1980. Surgido no início do século 18, o festival de Kishiwada é só mais popular entre uma série de eventos com danjiri que rolam na província de Osaka entre setembro e outubro.

Kishiwada Danjiri Matsuri

Data: meados de setembro, no fim de semana anterior ao feriado de Reverência aos idososLocal: a parada dos danjiri rola entre a estação de Kishiwada e o castelo da cidade.

https://goo.gl/maps/zR4t5LP7gHH2jn9g8

 

Conteúdo cedido por JPGuide

Conheça Shiga

À beira do lago
Nenhum lugar é mais representativo para começar um passeio por Shiga que o Lago Biwa. Com 670,4 km², ele ocupa cerca de ⅙ da área da província. Ou seja, é onipresente. Considerado um dos lagos mais antigos do mundo, o Biwa tem pelo menos uns 4 milhões de anos. Tempo suficiente para que se desenvolvesse uma enorme biodiversidade. Estudiosos contam pelo menos 1000 espécies de seres vivos vivendo no lago, 60 das quais são endêmicas, ou seja, só existem ali.

Lago Biwa
Lago Biwa

Seja como fonte de alimentos, seja como meio de circulação, o Biwa vem atraindo humanos por milênios. No lago foi encontrado um sítio arqueológico submerso com mais de 9 mil anos de idade. Neste sítio, os pesquisadores tiveram acesso ao modo de vida do povo Jomon que habitou o Japão entre os anos 14000 e 300 a.C.
Com tanta história, o lago oferece inúmeras oportunidades de passeio para quem deseja compreender e vivenciar a espiritualidade japonesa, conhecer o estilo de vida que se construiu ao seu redor ou simplesmente observar a natureza. Um dos passeios mais atraentes é em Chikubu, uma pequena ilha de cerca de 2 km de circunferência localizada na porção norte do lago.
Desde tempos antigos, a ilha vem sendo retratada como um lugar envolto numa atmosfera misteriosa. É assim que ela aparece, por exemplo, no Heike Monogatari — uma coletânea de contos compilada no século 14 sobre as disputas entre os clãs Taira e Minamoto pelo controle do país. Ao longo da história, Chikubu vem sendo reverenciada por sua divindade que, segundo a crença, protege os fiéis nas travessias pelas águas. Além disso, a ilha também é reconhecida pela qualidade das águas de seus poços.
Inabitada, Chikubu tem dois espaços sagrados: a Santuário Tsukubusuma, fundado no ano de 420; e o Hogonji, templo budista surgido 304 anos mais tarde. Neste último, fica um portal no estilo karamon que é considerado o único “item arquitetônico” sobrevivente do Castelo de Osaka da época Tokugawa. O acesso à ilha se dá por uma barca que parte de um porto em Nagahama.

O sol enquadrado
Um dos lugares mais instagramáveis de Shiga é o Santuário Shirahige, com o seu portal torii dentro do lago que lembra Miyajima, a ilha sagrada mais conhecida do Japão. “Shirahige” quer dizer “barba branca” e se refere à longevidade, uma das graças que o fiel pode pedir à Sarutahiko Okami, a divindade a quem o santuário é dedicado.

O destaque fica para o amanhacer momento no qual o registro do sol nascendo
O destaque fica para o amanhacer momento no qual o registro do sol nascendo

Longevo, no entanto, é o espaço. São cerca de 1900 anos de história, fazendo deste o espaço sagrado mais antigo da província. O portal, mesmo não sendo impressionantemente grande como seu semelhante em Hiroshima, forma uma lindíssima composição com as águas do lago. O destaque fica para o amanhacer momento no qual o registro do sol nascendo enquadrado no torii não somente vai render chuvas de likes no Instagram como, também, fazer a emoção transbordar.
Não deixe de visitar, também, as 40 Estátuas de Buda de Ukawa que fica a cerca de 500 metros de distância do santuário. Feitas de granito e com cerca de 1,5 m de altura, as estátuas foram construídas na segunda metade da Era Muromachi (1336-1576) como memorial post mortem para a mãe de um senhor feudal da região.

Templo Flutuante
Outra vista do lago que deixa boa impressão nos visitantes é a do Ukimido, uma espécie de capela conhecida como Templo Flutuante. Sua história data do Período Heian (794-1184) quando, do alto do Monte Hiei, um monge conhecido como Genshin viu uma luz emergindo de dentro do Lago Biwa. Ele desceu até o local e, usando uma rede, “pescou” uma imagem dourada de Amitabha, o buda da direção oeste, que purifica a humanidade dos desejos.
Para celebrar a descoberta e guardar a imagem, o monge criou o salão Ukimido, suspenso como uma palafita nas águas do lago. Assim, o local se tornou amado pelos japoneses locais e de outras regiões chegando, inclusive, a aparecer num poema do grande mestre do haiku Matsuo Basho, onde ele descreve uma noite no local. Aliás, o astro que o poeta cita também dá o nome oficial do templo: Mangetsu-ji ou Templo da Lua Cheia.

”Abra a fechadura
Deixe que a lua brilhe
Ukimido”
Matsuo Basho

Templo Flutuante.
Templo Flutuante.

Ilha de Chikubu (Chikubushima/竹生島)
acesso pelo Porto de Nagahama
Shiga-ken Nagahama-shi Minatocho 4
preço da barca (ida e volta): ¥3070 (adultos), ¥2450 (estudantes), ¥1540 (crianças)
entrada na ilha: ¥400 (adultos), ¥300 (crianças)
https://goo.gl/maps/zE4ECK2GTgKtrvTH7
Santuário Shirahige (Shirahige Jinja/白髭神社)
Shiga-ken Takashima-shi Ukawa 215
entrada franca
https://goo.gl/maps/LWkUeEfEXZ1jjcL18

40 Estátuas de Pedra Buda de Ukawa (鵜川四十八体石仏群)
Shiga-ken Takashima-shi Ukawa 1093
entrada franca
https://goo.gl/maps/F9K4YB1qcoYr2QFK6

Templo Mangetsu-ji/Ukimido (満月寺・浮御堂)
Shiga-ken Otsu-shi Hon-katata 1-16
horário de funcionamento: 8 às 17 horas
entrada: ¥300
https://goo.gl/maps/sgfLZR8dDHgAFaWx9

Samurais, ninjas e outras histórias
Com a proximidade da então capital Kyoto e tanta água à disposição, é possível imaginar que Shiga era uma região poderosa, acompanhada bem de perto por quem estava no poder e por aqueles que gostariam de estar. Castelos, vilas de ninjas e religião são algumas das opções para quem curte história.

Castelos, vilas de ninjas e religião são algumas das opções para quem curte história.

Reciclagem medieval
Considerado a construção de maior valor histórico da província de Shiga, o Castelo de Hikone é uma relíquia em todos os sentidos. Trata-se de um dos 12 únicos castelos medievais que sobreviveram ao bota-abaixo decretado pelo Imperador Meiji com o fim do xogunato. Tudo aconteceu quando Vossa Majestade, num passeio pela região, se encantou com a construção. A destruição de castelos visava evitar que as forças leais ao xogum se reorganizassem e reivindicassem o poder político do país. O Castelo de Osaka, por exemplo, foi usado como ponto de resistência. Porém, é possível que Hikone não tenha amedrontado o imperador e, de fato, a construção é muito mais elegante do que imponente.
Construído na área anteriormente ocupada por um templo, a torre principal do castelo é formada por elementos vindos de duas outras fortificações existentes em Otsu (a capital da província) e Nagahama. Com alguns percalços no caminho, a construção iniciada em 1575 só foi terminada em 1622 com a ajuda de pedras trazidas de um outro castelo, o de Sawayama.
Com uma arquitetura singular, o pequeno castelo de Hikone recebeu do governo japonês o título de Tesouro Nacional, atribuído somente a quatro outras construções da mesma categoria: os castelo de Inuyama (Aichi), Himeji (Hyogo), Matsue (Shimane) e Matsumoto (Nagano). Espantoso que a construção, tamanha a sua importância histórica e arquitetônica, receba tão poucos visitantes estrangeiros.
Além do castelo, é possível conhecer a história da edificação e região no Período Edo através do Museu do Castelo de Hikone. Para abrigar a coleção, foi reconstruído um dos antigos palácios que ficavam no entorno da fortificação. Estão em exibição artefatos usados pelos samurais do Período Edo, uma coleção de máscaras e figurinos do teatro nô, utensílios usados nas cerimônias do chá praticadas pelos guerreiros e muito mais. Vale a visita.

Mestres do disfarce
Enquanto os samurais eram como soldados que empunhavam suas armas e mostravam sua cara e atividade em público, os ninjas eram mais como agentes secretos. Sua atividade principal era a espionagem mas eles também poderiam executar planos de ação como assassinatos, sabotagens e infiltrações. Tudo no sigilo. Koka, já na divisa com a província de Mie, era uma vila que produzia guerreiros especializados neste tipo de atividade. Juntamente com a vizinha Iga, a localidade servia como uma espécie de esconderijo para os que eram derrotados em batalha ou caíam em desgraça com os poderosos.
Durante os séculos 15 e 16, os ninjas de Koka e Iga viveram o seu auge. A reputação desses profissionais fez com que eles fossem procurados por senhores feudais de várias partes do país para executar missões sigilosas. No Koka no Sato Ninjutsumura é possível conhecer um pouco das técnicas de treinamento dos ninjas da região. No local, estão reunidas algumas antigas construções e, num passeio, é possível aprender com os guerreiros escapavam por saídas inusitadas e caminhos alternativos. Também é possível experimentar alguns dos treinamentos, inclusive o uso do shuriken, a hoje famosa estrela da morte, que os ninjas usavam para atingir seus alvos à distância.

Na casa, fica também uma exposição relacionada à arte do ninjutsu, c

Já o Ninja Yashiki é uma antiga residência ninja de cerca de 300 anos de idade. Por fora, trata-se de uma casa como outra qualquer de sua época. Por dentro, porém, é que se vê a engenhosidade desses guerreiros na hora de escapar, se esconder e capturar intrusos. Na casa, fica também uma exposição relacionada à arte do ninjutsu, com técnicas de combate e fuga e, claro, um alvo para treino com o shuriken. Tudo para deixar os amantes de artes marciais mais do que satisfeitos.

Fugindo do tema “ninja” mas ainda falando de engenhosidade, o Miho Museum é um lugar que vai fascinar os amantes de arquitetura. Construído,  numa área de floresta, o museu é totalmente integrado aos arredores, com espaços abertos e amplas janelas de vidro, trazendo o exterior para dentro da construção. A obra do arquiteto sino-americano I.M. Pei abriga peças de antigas civilizações como a egípicia, a romana e outras da Ásia. Boa parte do material fazia parte da coleção privada da fundadora do museu, Koyama Mihoko (1910-2003), uma das mulheres mais ricas do Japão, com uma vida dedicada à arte.

Castelo de Hikone (Hikonejo/彦根城) e Museu do Castelo (Hikonejo Hakubutsukan/彦根博物館)
Shiga-ken Hikone-shi Konkicho 1-1
horário de funcionamento: 8:30 às 17:00 (entrada até 30 minutos antes do encerramento)
entrada do castelo: ¥800  (adultos), ¥300 (estudantes até o final do Ensino Fundamental)
entrada para visitar somente o jardim: ¥200  (adultos), ¥100 (estudantes até o final do Ensino Fundamental)
entrada do museu: ¥500  (adultos), ¥250 (estudantes até o final do Ensino Fundamental)
visita completa: ¥1200  (adultos), ¥350 (estudantes até o final do Ensino Fundamental)
https://goo.gl/maps/fgzwS2G77fBQ3ULS8

Koka no Sato Ninjutsumura
Shiga-ken Koka-shi Kokacho Oki 394
horário de funcionamento: variável ao longo do ano, consulte o site do local
site: koka.ninpou.jp
entrada: ¥1100  (adultos), ¥900 (adolescentes dos 12 aos 17 anos), ¥800  (crianças de 6 aos 11 anos), ¥600 (crianças de 3 a 5 anos)
https://goo.gl/maps/z6NXHvoNgjqeAfv56

Ninja Yashiki
Shiga-ken Koka-shi Konancho Ryuhoshi 2331
horário de funcionamento: 9:00 às 17:00 (entrada até 30 minutos antes do encerramento)
entrada do castelo: ¥650  (adultos e estudantes de ensino médio), ¥350 (estudantes até o final do Ensino Fundamental)
https://goo.gl/maps/H3vNXQu9UKCJPpQPA

Miho Museum
Shiga-ken Koka-shi Tashiro Shigaraki Momodani 300
horário de funcionamento: 10:00 às 17:00 (entrada até 60 minutos antes do encerramento)
entrada do castelo: ¥1300  (adultos), ¥1000 (estudantes universitários), gratuito para estudantes de outros níveis de ensino
atenção: O museu está fechado até o dia 13 de março de 2020.
https://goo.gl/maps/EkuiA1MJoATS44Wm8

 

Conteúdo cedido por JP Guide