Conheça Gunma

Gunma é subestimada. Apesar do enorme potencial industrial de algumas de suas cidades, a província pouco é lembrada quando o assunto é turismo. Acontece que, cercada de montanhas, Gunma é cheia de atrações quase desconhecidas o que, em tempos de overturismo, é uma grande vantagem. Enquanto visitantes já disputam espaço de forma quase feroz em localidades como Tóquio e Kyoto, quem escolhe passear em Gunma tem muito mais chances de curtir a viagem com tranquilidade e sem atropelos. Isso mesmo quando estamos falando de Kusatsu Onsen, talvez o local mais conhecido da província.
Aliás, com tantos vulcões ativos nas redondezas, não é difícil associar Gunma às águas quentes. Ikaho, Shima, Isobe, Oigami, Manza… A lista de estâncias de águas termais é longa. Mas as atrações turísticas da província são bem mais variadas e nós selecionamos algumas delas.
Por exemplo, quer saber de onde vem a vocação industrial de Gunma? Que tal conhecer o complexo de fabricação de seda de Tomioka? Fundada como um espaço modelo de produção no reinado Meiji, a fábrica foi tombada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.
Folclore e tradição também não faltam na província. Takasaki, uma de suas maiores cidades, é o lar de uma das figuras mais conhecidas do Japão, o daruma, aquele bonequinho meio gordinho fabricado sem as pupilas. Existe um templo na cidade que faz parte da história desse mito. Tengus, os guardiães da montanha, também são reverenciados em Gunma, onde existe o único festival do Japão com andores na forma dessa figura nariguda.
Neste blog a gente quer te mostrar que não existe uma só Gunma para você viajar. São várias opções, com características bem peculiares que, com certeza, vão encantar e te fazer querer voltar para conhecer mais. Confira!

1 –  Uma cidade com cheiro de enxofre

Considerada uma das melhores estâncias de águas termais do país, falar em Gunma é se lembrar de Kusatsu Onsen para a grande maioria dos japoneses. Conhecida há séculos, diz-se que a água que jorra em abundância no local cura tudo, menos males de amor. O cheiro leve de enxofre parece não incomodar os moradores nem os visitantes. Aliás, é difícil não se apaixonar pela cidadezinha que, bem em seu centro, tem uma corredeira de águas termais, uma das atrações mais instagramáveis de Kusatsu. Trata-se do Yubatake que jorra 5 mil litros por minuto e é considerada uma das fontes mais termais de água mais abundantes do país. Brotando do chão a uma temperatura de cerca de 70 graus, a água lança no ar um cheiro leve de enxofre e, para resfriar, ela passa por dutos feitos de madeira. Em seguida, é levada através de tubulações às diversas pousadas da cidade, algumas delas com dezenas de anos de histórias. Você nem precisa sair da fonte para sentir qual é a das águas que jorram por ali. Bem no entorno fica um ashiyu, um escalda-pés público e gratuito. Leva a sua toalhinha e aproveite.
Bem em frente ao Yubatake fica uma série de atrações que valem a sua visita. O Netsunoyu é uma delas. Uma espécie de espaço cultural, o local abriga o Yumomi, o método aplicado para o resfriamento das águas termais no passado. Muitas estâncias temperam a água quente com o líquido resfriado para chegar a uma temperatura mais adequada para o banho. No passado, uma forma de evitar essa mistura era mexer a água com tábuas grandes, serviço feito por jovens senhoras que, enquanto resfriavam o tanque, cantavam e dançavam. No Netsunoyu, o Yumomi é realizado seis vezes ao dia, entre às 9:30 e às 16 horas. A entrada custa ¥600.
Ir até Kusatsu e não entrar num onsen é um verdadeiro sacrilégio. No entorno do Yubatake ficam diversos banhos para quem está somente de passagem pela cidade. Dois deles têm chamado a atenção pela arquitetura simples mas muito elegante. São o Otakinoyu e o Gozanoyu. Ambos os espaços são construídos em madeira, o que traz aconchego ao ambiente e ajuda no momento de relaxar.

NOVE EXPERIÊNCIAS SENTIR EM GUNMA

O Otakinoyu é descrito em seu próprio site como um banho “recentemente renovado” e com “pilares de madeira que alcançam o teto e se assemelham a árvores altas eretas no meio da neblina, já que o vapor das águas termais as envolve, trazendo a sensação de estar ao ar livre”. Descrição mais precisa, impossível. Mas não é só isso. Quem visita o Otakinoyu também pode experimentar um método de banho conhecido como awaseyu, que nada mais é do que fazer uso alternado de diversos banhos com diferentes temperaturas, começando a partir da mais baixa que, no local, é de 38 graus. Acho que vale ressaltar que o banho mais quente tem 46 graus e, para dizer a verdade, é quente para caramba! Além do awaseyu, o espaço conta com uma piscina grande e um banho externo, rotemburô em japonês. Homens e mulheres se banham em espaços distintos, mas quem quer ter privacidade a dois ou com a família pode reservar um banho privado com acessibilidade para portadores de necessidades especiais. O espaço privado custa ¥2000/hora. O Otakinoyu também oferece serviços de massagem e tem um café e restaurante.
Outro local para se aliviar do estresse fica no meio da natureza, a cerca de 15 minutos de caminhada do Yubatake. O Sainokawara é um parque localizado numa ravina cortada por um córrego com diversas fontes de águas termais. O tranquilo passeio na clareira cercada de verde pode ser interrompido por paradas para aquecer os pés nos inúmeros ashiyu do local e culmina num espaço com um banho a céu aberto, no meio das árvores, o Sainokawara Rotemburô. O local é bem simples, mas muito espaçoso e conta apenas com um dos dois banhos, masculino e feminino, e os respectivos vestiários. Vale super a pena a visita.
Voltando ao centrão da cidade, logo após o parque, não deixe de dar uma olhada nas lojinhas que ficam no caminho. Kusatsu é uma região de produção tradicional de produtos em vidro e os delicados itens de cozinha e decoração são aquele tipo de lembrança sem cara de souvenir.  Se a fome apertar, a ruazinha oferece ovos cozidos nas águas termais, o onsen tamago. Outra iguaria local é o manju, um bolinho de massa de farinha de trigo recheado. Comum em todo o país, em Kusatsu o manju ganha cozimento no vapor termal e, em alguns casos, a própria água cheia de minerais da localidade entra na receita da massa. Simples mas gostoso.
Outra opção gastronômica local é o maitake tempurá que, como o nome já entrega, é o tradicional empanado japonês de um cogumelo comum na região. Servido junto com o macarrão de trigo sarraceno sobá, o maitake tempurá é feito com cogumelos frescos e a técnica de fritura faz com que a casca seja fina e crocante. Uma excelente iguaria tradicional, à altura de um dia em Kusatsu.

2 – Uma fábrica que é Patrimônio da Humanidade

 

NOVE EXPERIÊNCIAS SENTIR EM GUNMA

Testemunha dos esforços do Japão em entrar na modernidade, a Fábrica de Fios de Seda de Tomioka foi inaugurada em 1872 para ser um espaço modelo de produção. No século 19, a seda bruta era o principal item de exportação do Japão. A demanda era tão grande que os produtores começaram a baixar a qualidade do produto para atendê-la. Isso acabou prejudicando a reputação do produto japonês no mercado externo e, por isso, o reinado Meiji decidiu trazer técnicas de produção francesas para o país e construir uma fábrica que pudesse servir como difusora de novas tecnologias entre os produtores locais. O prédio principal de tijolos com pilares de madeira está impressionantemente bem conservado para os seus quase 150 anos de história, e é o foco central da visitação. Nele é possível ver o maquinário original da época além de uma exposição que dá uma ideia de como era o processo de produção da seda e as mudanças econômicas pelas quais o país estava vivendo na época. Em 2014, o complexo e outras construções relacionadas a ele foram tombadas pela UNESCO e hoje são Patrimônio da Humanidade.

Fábrica de Fios de Seda de Tomioka
Gunma-ken Tomioka-shi Tomioka 1-1
9 às 17 horas (entrada até 16:30)
¥1000 (adultos), ¥250 (estudantes de ensino médio e universitários), ¥150 (estudantes de escola primária e secundária)

 

3 – Um templo cheio de darumas

 

EXPERIÊNCIAS PARA VOCÊ SENTIR EM GUNMA

Quem mora no Japão certamente já encontrou em templos por aí o Daruma, um bonequinho gordinho com os dois olhos brancos, sem o desenho da pupila. Pouca gente sabe que esse amuleto é a representação de um monge, Bodhidharma, que tem entre suas façanhas a fundação do budismo zen na China e a formatação do que hoje é conhecido como kung fu shaolin, uma vertente dessa arte marcial chinesa. O monge também era um grande propagador da meditação e diz-se que ele teria atingido o estágio de iluminação depois de 9 anos ininterruptos na prática. Bodhidarma teria levado tanto a sério a meditação que cortou as próprias pálpebras para não cair no sono. Além disso, com os anos em posição estática, seus membros teriam se atrofiado.
O monge, que pode ter nascido na Índia, não chegou a vir ao Japão, mas seus ensinamentos chegaram até o país. Em Takasaki, um religioso local fez desenhos de Bodhidarma  para adornar um pequeno templo local dedicado a Kannon, a deusa da misericórdia. No século 18, após uma grande fome, outro monge começou a distribuir entre os fiéis pequenos bonecos de madeira parecidos com o desenho que ornava o templo. Assim teria surgido o daruma, o amuleto que conhecemos hoje. A figura com os olhos grandes e o corpo arredondado — representando o sacrifício para alcançar a iluminação — é onipresente no Templo Shorinzan Darumaji, palco da história contada um pouco mais acima. Além dos prédios religiosos, o espaço abriga um museu com darumas de diversas naturezas. Nos dias 6 e 7 de janeiro, o templo recebe o Daruma Ichiba, um mercado com os bonecos feitos por diversos artesãos locais. O amuleto também é enraizado na cultura da cidade. Takasaki é a cidade que produz mais de 80% dos bonequinhos que você vê Japão afora.

Templo Shorinzan Darumaji
Gunma-ken Takasaki-shi Hanadaka-machi 296
9 às 17 horas
entrada franca

4 – Uma cidade bem brasileira

 

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Brazilian Town. É com essa alcunha que um pequeno município de Gunma está entrando no mapa turístico do Japão. Considerada a cidade com maior concentração de brasileiros do país, Oizumi é o lar de cerca de 4 mil brasileiros que correspondem a algo como 10% da população local e como a gente não vai a lugar nenhum se não for para causar, nossa população canarinha é bem visível. São inúmeros restaurantes e outros estabelecimentos criados, inicialmente, para que não nos falte o arroz e feijão de cada dia mas que vêm atraindo também os japoneses que, como nós sabemos, adoram comer coisas diferentes. Aliás, Oizumi também ganhou destaque recentemente num manual japonês de queijos de todo o mundo justamente com um legítimo representante brasileiro: o queijo minas. Andam rolando até excursões com japoneses vindo de diversas partes de Kanto para saborear o churrasco e a feijoada oferecida no local. E é assim, pelo estômago, que Oizumi, uma pequena cidade industrial, vai atraindo mais visitantes.

5 – Uma parada de estrada que vai além dos restaurantes

 

EXPERIÊNCIAS PARA VOCÊ SENTIR EM GUNMA

Banheiros, posto de gasolina, restaurante e loja de conveniência: é isso que você espera de uma boa parada na estrada, certo? Errado! Se você estiver em Gunma, pode esperar mais. Muito mais. No michi-no-eki Kawaba Den-en Plaza, tem fábrica de cerveja artesanal, padaria e uma charcutaria com salsicha e presunto feitos ali mesmo, com carnes produzidas localmente. O restaurante também oferece pratos com outros produtos locais como o sobá (trigo sarraceno) e o arroz premiadíssimo da região, o yukihotaka. Aliás, esse arroz é uma iguaria tão local que o único jeito de prová-lo é indo até Kawaba. Cultivado pelos moradores da vila como se fosse um filho, o yukihotaka é regado com água mineral e seu sabor é tão especial que o arroz já foi premiado diversas vezes. Já valeu a pena a parada? Não responda ainda. Para quê seguir viagem se você tem no local uma plantação de mirtilo para colher com a família, uma oficina para fazer seu próprio artigo de porcelana e pode até ver de perto uma locomotiva a vapor, a D-51? Pois é. Não é à toa que o Kawaba Den-en Plaza foi eleito, por cinco anos consecutivos, a melhor parada de estrada da região de Kanto.

michi-no-eki Kawaba Den-en Plaza
Gunma-ken Tone-gun Kawaba-mura Hagimuro 385

 

6- Um parque de lava

NOVE EXPERIÊNCIAS PARA VOCÊ

Depois que o Monte Asama explodiu em 1783, o povo local ficou dias sem ver a luz do sol. Provavelmente, só depois de alguns dias deve ter notado que a lava quente formou um emaranhado rochoso, totalmente desorganizado. Por isso, eles deram ao lugar o nome de Onioshidashi, que pode ser entendido como “algo feito de qualquer jeito pelo capeta”. Séculos depois, o Asama segue imponente, à distância, dando suas broncas de vez em quando, a última delas em 2009 quando cinzas foram expelidas a uma altura de 2 quilômetros. Já o terreno coberto de lava endurecida virou um parque que atrai visitantes do mundo inteiro interessados em ações e paisagens vulcânicas. O local não decepciona. Além da vista deslumbrante, o local tem um santuário e um museu que explica o funcionamento dos vulcões. O Parque Onioshidashi é daquelas imagens que ficam na memória para sempre.

Parque OnioshidashI
Gunma-ken Agatsuma-gun Tsumagoi-mura Kanbara 1053
8 às 17 horas (entrada até às 16:30)
¥650 (crianças acima da escola primária e outros), ¥450 (crianças até a escola primária)

7 – Um festival narigudo

Todos os anos, no início de agosto, os moradores de Numata saem às ruas para o festival tradicional da localidade. Poderia ser mais um belo festival local se não fosse um detalhe: alguns dos mikoshi, andores portáteis, têm o formato do tengu, aquela criatura nariguda da cosmologia xintoísta. Os tengu são uma mistura de humanos com aves e protegem as florestas, que são suas casas. Por isso, não é incomum ver suas figuras narigudas nas entradas das matas.
NOVE EXPERIÊNCIAS PARA VOCÊ        Apesar de aparições anteriores, a história do andor do tengu começou em 1983 depois que a organização do festival decidiu por algumas mudanças nas consagrações do evento. Desde então, o mikoshi diferente passou a fazer parte do cortejo, em prol da proteção da família, da segurança no trânsito, da prosperidade nos negócios, dentre outros. Consideradas como zeladoras das famílias, as mulheres foram escolhidas para liderar o cortejo, carregando o andor durante a procissão. O Numata Matsuri é o único festival do país com essas características e rola nos arredores da cidade de Numata, dos dias 3 a 5 de agosto de cada ano.

NUMATA MATSURI
Gunma-ken Numata-shi Shimonocho 888

8 – Um brejo florido com repolho

NOVE EXPERIÊNCIAS PARA VOCÊEncravada entre montanhas, Gunma é cheio de lugares para quem gosta de caminhadas pela natureza. Nenhum é mais famoso que o Parque Nacional de Oze, localizado no nordeste da província, bem na divisa com Fukushima. Lá fica o maior brejo do Japão, Ozegahara. Brejo, em português, não tem uma conotação muito positiva já que virou sinônimo de lugar desolado. Acontece que este é um ecossistema riquíssimo, dominado por gramíneas e que atrai diversos tipos de pequenos animais, incluindo insetos como a borboleta. Eles se formam através do empoçamento contínuo da água das chuvas que escorre das montanhas, através de pequenos rios. A água empoçada, muitas vezes ricas em minerais, vai saturando o solo e formando um ambiente ideal para a sobrevivência. Ozegahara é, sim, um brejo e com muito orgulho.
Outro destaque do parque é a Ozenuma, uma lagoa que fica entre uma hora e meia e duas horas de caminhada na floresta, partindo de Ozegahara. Um caminho de madeira de cerca de 6 quilômetros de extensão circunda a lagoa e oferece excelentes oportunidades para boas fotos além, claro, da saudável caminhada. Esse é um dos lugares onde se podem ver as belezas vegetais mais famosas do parque: as flores de repolho. Com pétalas de uma cor que lembra um lírio branco, a flor em nada lembra a verdura, diga-se de passagem. A florada começa entre o final da primavera e o início do verão.
Localizado a mais de mil metros de altitude, o Parque Nacional de Oze tem trilhas muito bem cuidadas, com caminhos de madeira que tornam o local mais seguro e o passeio agradável. Além disso, os montes Shibutsu e Hiuchi formam uma bela paisagem de fundo para os visitantes. São várias as rotas que cortam o parque, a mais curta dura cerca de uma hora, a Hatomachitoge que leva até o lago. Quem diria, hein, que você um dia ia sair de casa para ver flor de repolho no brejo?

Trilha Hatomachitoge
Gunma-ken Tone-gun Katashina-mura Tokura

9- Um cortejo de samurais

No início do século 17, ainda nos primórdios do Período Edo, a família do famoso guerreiro Oda Nobunaga ganhou em batalha um domínio no sul da província de Gunma, numa localidade conhecida como Kanra. Ali, eles estabeleceram Obata, um vilarejo que se desenvolveu às margens das águas cristalinas do Rio Ogawa. O clã construiu um pequeno castelo, mais parecido com um palácio, para receber um dos descendentes de Oda, que se tornou o senhor da localidade. As ruínas do palácio, com seu muro de pedra, ainda podem ser vistas na localidade e algumas residências de antigos samurais estão bem preservadas e são abertas à visitação. Nessas casas, a delicada sofisticação dos jardins, regados à água captada diretamente do rio, contrasta com a violência associada aos guerreiros da época. Aliás, outro local que vale a visita é o Rakusan-en, um jardim considerado o único na província de Gunma construído por uma família de samurais. Com as montanhas ao fundo, as árvores do espaço compõem uma paisagem cheia de beleza e delicadeza. Durante o outono, a folhagem dos áceres vão mudando de cor fazendo do Rakusan-en um belo local para apreciar o koyo.
Mas é durante a temporada da floração das cerejeiras que o povo da cidade incorpora seus fundadores ancestrais numa parada de samurais que é um dos eventos que fazem parte do Obata Sakura Matsuri. Todos os anos, 200 “samurais” e outros personagens da era de ouro da localidade desfilam pelas ruas repletas de casas no estilo japonês e sob as flores de cerejeira. A procissão sai da frente do Rakusan-en.

Rakusan-en
Gunma-ken Kanra-gun Kanra-machi Oaza Obata 648-2
9 às 17 horas (entrada até às 16:30, de março a outubro)
9 às 16 horas (entrada até às 15:30, de novembro a fevereiro)
¥300 (crianças até a escola secundária não pagam)

Obs. Artigo original publicado em Novembro de 2019.

Conteúdo cedido por JPGuide.

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Conheça Osaka

Osaka – Uma Explosão de Japão

Osaka costuma confundir a cabeça de quem visita o Japão. Nem era para ser assim. Como no caso de São Paulo e do Rio de Janeiro, a palavra Osaka é usada para se referir à província (o equivalente aos estados do Brasil) e à sua capital. Província de Osaka, capital Osaka: simples assim. Tanto a província quanto a cidade são potências econômicas do Japão. Produto interno bruto provincial representa uma fatia de 4% do  PIB do país e é equivalente ao da Noruega. A cidade, por sua vez, tem um PIB equivalente ao da Nova Zelândia. E isso não vem de hoje! Historicamente, Osaka sempre aparece como uma das áreas mais vibrantes do país. Mercadores construíram a reputação de Osaka para a circulação de bens e serviços, algo que dura até os dias de hoje.

O povo de Osaka é tido como alegre, descontraído e muito bem humorado.

Sabendo isso, alguém pode imaginar que os osaquenses são gente sisuda e que vive para o trabalho. Mas esta é uma definição que passa longe do espírito da cidade e da província. O povo de Osaka é tido como alegre, descontraído e muito bem humorado. Aliás, muitos humoristas e músicos de sucesso são da província, que tem uma vida cultural agitadíssima. A noite de Osaka também não decepciona. Mas nenhuma característica fala mais do povo local do que a paixão pela gastronomia. Come-se muito e bem em várias localidades da província. Veja as dicas para conhecer atrações imperdíveis na sua viagem pela província de Osaka. Vamos nessa?

 

Comendo até cair na capital

Diferente dos toquiotas, mais sérios e formais, os osaquenses são abertos e divertidos.

Qualquer pessoa que segue no Instagram algum brasileiro que vive no Japão vai encontrar ali alguma foto de Osaka. Nossos patrícios adoram a cidade e são muitos os motivos para isso. Diferente dos toquiotas, mais sérios e formais, os osaquenses são abertos e divertidos. São traços de personalidade que se refletem no ambiente. A cidade de Osaka, por exemplo, é barulhenta, colorida e até um pouco caótica. São características que acabam caindo bem aos brasileiros, que costumam ser expansivos.

Aqui fica um dos marcos do bairro, a roda gigante da loja de departamentos Don Quijote

Dotonbori é a epítome do jeito osaquense de ser. Esta zona comercial da cidade é formada por calçadões e atrai milhares de pessoas todos os dias. Nas margens do canal que corta Dotonbori, funcionam restaurantes e alguns deles costumam até ter mesas do lado de fora, o que é pouco comum no Japão. Aqui fica um dos marcos do bairro, a roda gigante da loja de departamentos Don Quijote. Bem, roda é mesmo jeito de falar porque, diferentemente do que conhecemos, em Dotonbori o negócio tem o formato de um retângulo com as bordas curvadas.

Esta não é a única extravagância de Dotonbori. À noite, brilham no canal os luminosos de neon que fazem Osaka parecer uma concepção dos 60 do que seria uma cidade do futuro. No entanto, as luzes escondem um mundo ainda mais interessante, formado por restaurantes que oferecem o melhor da gastronomia popular de Osaka como o okonomiyaki, o kushikatsu, o fugu e, claro, o takoyaki, tão popular no Japão quanto a coxinha. (Veja os boxes.)

A relação dos osaquenses com a comida é intensa. Em Osaka, a expressão kuidaore define. A palavra é formada pelos caracteres para comer (食) e cair (倒) e, portanto, quer dizer “comer até cair”. Num primeiro olhar, a ideia mais clara que a palavra trás é encher o bucho até tombar. Porém, os locais enxergam um significado mais profundo: o de comer ao ponto de gastar todo o dinheiro que se tem. Portanto, se você é do tipo que se aventura gastronomicamente, tenha cuidado com o bolso. São tantas opções de restaurantes e comidas gostosas que mesmo os locais reconhecem que calha de você gastar todo o orçamento da sua viagem em comida, sem ter saído de Osaka.

Ao seu gosto, okonomiyaki

“Okonomi” quer dizer “ao seu gosto” e “yaki”, “grelhado”.

Uma espécie de panqueca super turbinada, o okonimiyaki é um dos pratos assinatura de Osaka. Tão extravagante quanto a cidade em si, o prato esconde uma origem humilde. Popularizado no pós-guerra, a massa quase líquida feita de farinha era uma opção num momento em que o arroz era caro demais ou difícil demais de conseguir. Colocada para cozinhar numa chapa quente, a massa aceita o que você tiver como cobertura. Daí o nome do prato. “Okonomi” quer dizer “ao seu gosto” e “yaki”, “grelhado”. Carnes, vegetais, frutos do mar, tudo orna com a panqueca que leva ainda um molho próprio, adocicado e toneladas de maionese, flocos de bonito katsuobushi e alga nori em tiras e gengibre. Um dos melhores okonomiyaki de Osaka é o Kiji, que fica na área conhecida como Shin-umeda, no entorno das estações centrais de trem da cidade.

Kiji

Osaka-fu Kita-ku Kakudacho 9−20, subsolo do Shin-umeda Shokudogai

https://goo.gl/maps/d8HEMJ3aZB7cUTwx6

 

Espetinho de… tudo

Os espetinhos eram uma forma barata e rápida de comer com satisfação.

Diz-se que o kushikatsu surgiu em Osaka no final dos anos 1920, quando a proprietária de um pequeno restaurante no bairro de Shinsekai começou a oferecer espetinhos de carne empanada, fritos por imersão. Kushi é o palitinho, o espeto; katsu é o empanado. O sucesso veio rápido. Pudera. Também chamados de kushiage (a segunda parte lê-se “ague”, que quer dizer fritura por imersão), os espetinhos eram uma forma barata e rápida de comer com satisfação. Atualmente, os kushikatsu são feitos com qualquer coisa: peixes, verduras, legumes e outros pratos também entram na roda, ou melhor, na panela. Não confunda com o yakitori, o espetinho de frango grelhado no carvão. Localizado no agitado bairro de Namba, a matriz do Sakura é considerada um dos melhores restaurantes de kushiage da cidade.

Sakura – Matriz

Osaka-fu Osaka-shi Chuo-ku Namba Sennichimae 9-12

https://goo.gl/maps/af778KGKnH1RaSRw5

 

Prazer que é risco de vida

Versátil, o peixe pode ser servido cru (como sashimi), frito, empanado e cozido.

O fugu apavora. Esta espécie de baiacu muito popular entre os japoneses possui uma substância potencialmente letal em várias partes de seu corpo. Removê-las corretamente requer conhecimento e prática e, por isso, somente cozinheiros e vendedores licenciados podem manusear o ingrediente. Em Osaka, o peixe é apelidado de “teppo”, uma palavra que significa “arma”, numa brincadeira com o potencial da letalidade do bicho.  No entanto, o sistema de controle funciona. São quase inexistentes os casos de acidentes com carne de fugu e a esmagadora maioria dos que ocorreram nos últimos 20 anos rolaram entre pessoas sem experiência em limpar o peixe que o pescaram e consumiram. Versátil, o peixe pode ser servido cru (como sashimi), frito, empanado e cozido. As ovas também são consumidas e consideradas uma iguaria. Em Osaka, um dos restaurantes de fugu mais conhecidos é o Fugutenjin.

Fugutenjin

Osaka-fu Osaka-shi Kita-ku Sonezaki 1-7-13

https://goo.gl/maps/2aJxc4jhcynN5qhV8

 

“Coxinha” de polvo

Se nós amamos de paixão as coxinhas de galinha, os osaquenses nutrem o mesmo sentimento pelo takoyaki. Ambos têm características em comum, são bolinhos com recheio e são extremamente populares. As comparações param aí. O takoyaki é feito com uma massa líquida que fica bem mais leve que a da coxinha. O recheio é de polvo, um animal não muito popular entre os brasileiros. Também, o takoyaki é grelhado em um utensílio próprio, que tem o mesmo princípio de uma torradeira só que com compartimentos em formato de meia lua no qual vários bolinhos são produzidos ao mesmo tempo. Aliás, ver o preparo do takoyaki já é uma experiência em si mesmo. Encontrar um bom lugar para comer o bolinho de polvo em Osaka nem é difícil. Mas se você quiser uma dica, o Tako Tako King tem cinco lojas na cidade. A matriz fica em Shinsaibashi, outro bairro que vale super a pena explorar.

Tako Tako King Matriz

Osaka-fu Osaka-shi Chuo-ku Higashi Shinsaibashi 2-4-25 1o. andar

https://goo.gl/maps/zR4t5LP7gHH2jn9g8

Off-Osaka 

O entorno de Osaka é cheio de cidades de diversos portes e muitas delas têm coisas interessantes para fazer. Veja algumas dicas:

 

Folhas de outono em Minoo

A menos de 30 minutos de trem do centro de Osaka, Minoo é o primeiro refúgio dos osaquenses quando eles estão cansados do caos urbano. Trata-se de um vale florestado com uma trilha que leva a uma cachoeira de cerca de 30 metros de altura. Trilha é modo de falar já que o caminho é bem pavimentado e bastante plano. No outono, quando as folhas das árvores decíduas começam a ficar amareladas ou vermelhas, o local atrai milhares de visitantes. Nesta época do ano, alguns restaurantes locais servem o momiji tempurá. Neste prato, as folhas de carvalho, símbolos do outono, são empanadas e fritas. Outro ponto que merece a visita é o Ryuanji, um belo templo budista no meio do caminho da trilha de 3 km entre a estação e a cachoeira.

Parque Minoo

Estação onde começa a trilha: Minoo, na linha Hankyu Minoo

Entrada franca.

Catacumbas antigas em Sakai

https://goo.gl/maps/cJtmAYC8jzeYW6eh8

 

Estudos indicam que o Daisenryo foi construído para ser a última morada do imperador Nintoku, que reinou no século 6.

Kofun é o nome dado aos túmulos megalíticos dos séculos 3 a 6 da era cristã, encontrados em várias partes do centro e do sul do Japão. A palavra em si significa “túmulo antigo”. A mais impressionante destas catacumbas, que ocupa uma área de quase 3 km de circunferência,  pode ser encontrada em Sakai, uma cidade-dormitório densamente povoada nos subúrbios de Osaka. Visto do alto, o Daisenryo Kofun parece uma ilha em formato de fechadura cercada por um fosso de águas esverdeadas. Estudos indicam que o Daisenryo foi construído para ser a última morada do imperador Nintoku, que reinou no século 6. Indicam porque o espaço é considerado sagrado pela Família Imperial japonesa e entrar na ilha em si não é permitido. Ainda assim, é possível passear na floresta que se formou no entorno do túmulo, além de visitar o Museu Municipal de Sakai, que fica logo em frente e conta a história do local ou o que se sabe de lá. E bem no entorno do museu ficam pelo menos outros quatro sítios arqueológicos.

Daisenryo Kofun – Museu Municipal de Sakai

Osaka-fu Sakai-shi Sakai-ku Mozusekiuncho 2 Chome

https://goo.gl/maps/sJGQhYf3GpUoaBeH7

 

Um festival selvagem

Kishiwada Danijiri Matsuri

Se tem um festival que é a cara de Osaka é o Kishiwada Danijiri Matsuri que rola no mês de setembro, no fim de semana antes do feriado de Reverência aos Idosos. Danjiri são santuários móveis, em formato de carros alegóricos de 14 metros de altura e 400 kg, que circulam levando as divindades para um passeio pela comunidade. Como estamos falando de Osaka, pode levar fé que este não vai ser um passeio monótono. Para fazer as curvas nas estreitas ruas de Kishiwada, os danjiri são puxados em um arranque só pelos jovens rapazes até fazerem a curva num estilo Velozes e Furiosos. E como se já não bastasse em termos de aventura, participantes viajam no teto dos danjiri num passeio que só perde para os dos surfistas de trem que eram populares no Brasil nos anos 1980. Surgido no início do século 18, o festival de Kishiwada é só mais popular entre uma série de eventos com danjiri que rolam na província de Osaka entre setembro e outubro.

Kishiwada Danjiri Matsuri

Data: meados de setembro, no fim de semana anterior ao feriado de Reverência aos idososLocal: a parada dos danjiri rola entre a estação de Kishiwada e o castelo da cidade.

https://goo.gl/maps/zR4t5LP7gHH2jn9g8

 

Conteúdo cedido por JPGuide

Conheça Shiga

À beira do lago
Nenhum lugar é mais representativo para começar um passeio por Shiga que o Lago Biwa. Com 670,4 km², ele ocupa cerca de ⅙ da área da província. Ou seja, é onipresente. Considerado um dos lagos mais antigos do mundo, o Biwa tem pelo menos uns 4 milhões de anos. Tempo suficiente para que se desenvolvesse uma enorme biodiversidade. Estudiosos contam pelo menos 1000 espécies de seres vivos vivendo no lago, 60 das quais são endêmicas, ou seja, só existem ali.

Lago Biwa
Lago Biwa

Seja como fonte de alimentos, seja como meio de circulação, o Biwa vem atraindo humanos por milênios. No lago foi encontrado um sítio arqueológico submerso com mais de 9 mil anos de idade. Neste sítio, os pesquisadores tiveram acesso ao modo de vida do povo Jomon que habitou o Japão entre os anos 14000 e 300 a.C.
Com tanta história, o lago oferece inúmeras oportunidades de passeio para quem deseja compreender e vivenciar a espiritualidade japonesa, conhecer o estilo de vida que se construiu ao seu redor ou simplesmente observar a natureza. Um dos passeios mais atraentes é em Chikubu, uma pequena ilha de cerca de 2 km de circunferência localizada na porção norte do lago.
Desde tempos antigos, a ilha vem sendo retratada como um lugar envolto numa atmosfera misteriosa. É assim que ela aparece, por exemplo, no Heike Monogatari — uma coletânea de contos compilada no século 14 sobre as disputas entre os clãs Taira e Minamoto pelo controle do país. Ao longo da história, Chikubu vem sendo reverenciada por sua divindade que, segundo a crença, protege os fiéis nas travessias pelas águas. Além disso, a ilha também é reconhecida pela qualidade das águas de seus poços.
Inabitada, Chikubu tem dois espaços sagrados: a Santuário Tsukubusuma, fundado no ano de 420; e o Hogonji, templo budista surgido 304 anos mais tarde. Neste último, fica um portal no estilo karamon que é considerado o único “item arquitetônico” sobrevivente do Castelo de Osaka da época Tokugawa. O acesso à ilha se dá por uma barca que parte de um porto em Nagahama.

O sol enquadrado
Um dos lugares mais instagramáveis de Shiga é o Santuário Shirahige, com o seu portal torii dentro do lago que lembra Miyajima, a ilha sagrada mais conhecida do Japão. “Shirahige” quer dizer “barba branca” e se refere à longevidade, uma das graças que o fiel pode pedir à Sarutahiko Okami, a divindade a quem o santuário é dedicado.

O destaque fica para o amanhacer momento no qual o registro do sol nascendo
O destaque fica para o amanhacer momento no qual o registro do sol nascendo

Longevo, no entanto, é o espaço. São cerca de 1900 anos de história, fazendo deste o espaço sagrado mais antigo da província. O portal, mesmo não sendo impressionantemente grande como seu semelhante em Hiroshima, forma uma lindíssima composição com as águas do lago. O destaque fica para o amanhacer momento no qual o registro do sol nascendo enquadrado no torii não somente vai render chuvas de likes no Instagram como, também, fazer a emoção transbordar.
Não deixe de visitar, também, as 40 Estátuas de Buda de Ukawa que fica a cerca de 500 metros de distância do santuário. Feitas de granito e com cerca de 1,5 m de altura, as estátuas foram construídas na segunda metade da Era Muromachi (1336-1576) como memorial post mortem para a mãe de um senhor feudal da região.

Templo Flutuante
Outra vista do lago que deixa boa impressão nos visitantes é a do Ukimido, uma espécie de capela conhecida como Templo Flutuante. Sua história data do Período Heian (794-1184) quando, do alto do Monte Hiei, um monge conhecido como Genshin viu uma luz emergindo de dentro do Lago Biwa. Ele desceu até o local e, usando uma rede, “pescou” uma imagem dourada de Amitabha, o buda da direção oeste, que purifica a humanidade dos desejos.
Para celebrar a descoberta e guardar a imagem, o monge criou o salão Ukimido, suspenso como uma palafita nas águas do lago. Assim, o local se tornou amado pelos japoneses locais e de outras regiões chegando, inclusive, a aparecer num poema do grande mestre do haiku Matsuo Basho, onde ele descreve uma noite no local. Aliás, o astro que o poeta cita também dá o nome oficial do templo: Mangetsu-ji ou Templo da Lua Cheia.

”Abra a fechadura
Deixe que a lua brilhe
Ukimido”
Matsuo Basho

Templo Flutuante.
Templo Flutuante.

Ilha de Chikubu (Chikubushima/竹生島)
acesso pelo Porto de Nagahama
Shiga-ken Nagahama-shi Minatocho 4
preço da barca (ida e volta): ¥3070 (adultos), ¥2450 (estudantes), ¥1540 (crianças)
entrada na ilha: ¥400 (adultos), ¥300 (crianças)
https://goo.gl/maps/zE4ECK2GTgKtrvTH7
Santuário Shirahige (Shirahige Jinja/白髭神社)
Shiga-ken Takashima-shi Ukawa 215
entrada franca
https://goo.gl/maps/LWkUeEfEXZ1jjcL18

40 Estátuas de Pedra Buda de Ukawa (鵜川四十八体石仏群)
Shiga-ken Takashima-shi Ukawa 1093
entrada franca
https://goo.gl/maps/F9K4YB1qcoYr2QFK6

Templo Mangetsu-ji/Ukimido (満月寺・浮御堂)
Shiga-ken Otsu-shi Hon-katata 1-16
horário de funcionamento: 8 às 17 horas
entrada: ¥300
https://goo.gl/maps/sgfLZR8dDHgAFaWx9

Samurais, ninjas e outras histórias
Com a proximidade da então capital Kyoto e tanta água à disposição, é possível imaginar que Shiga era uma região poderosa, acompanhada bem de perto por quem estava no poder e por aqueles que gostariam de estar. Castelos, vilas de ninjas e religião são algumas das opções para quem curte história.

Castelos, vilas de ninjas e religião são algumas das opções para quem curte história.

Reciclagem medieval
Considerado a construção de maior valor histórico da província de Shiga, o Castelo de Hikone é uma relíquia em todos os sentidos. Trata-se de um dos 12 únicos castelos medievais que sobreviveram ao bota-abaixo decretado pelo Imperador Meiji com o fim do xogunato. Tudo aconteceu quando Vossa Majestade, num passeio pela região, se encantou com a construção. A destruição de castelos visava evitar que as forças leais ao xogum se reorganizassem e reivindicassem o poder político do país. O Castelo de Osaka, por exemplo, foi usado como ponto de resistência. Porém, é possível que Hikone não tenha amedrontado o imperador e, de fato, a construção é muito mais elegante do que imponente.
Construído na área anteriormente ocupada por um templo, a torre principal do castelo é formada por elementos vindos de duas outras fortificações existentes em Otsu (a capital da província) e Nagahama. Com alguns percalços no caminho, a construção iniciada em 1575 só foi terminada em 1622 com a ajuda de pedras trazidas de um outro castelo, o de Sawayama.
Com uma arquitetura singular, o pequeno castelo de Hikone recebeu do governo japonês o título de Tesouro Nacional, atribuído somente a quatro outras construções da mesma categoria: os castelo de Inuyama (Aichi), Himeji (Hyogo), Matsue (Shimane) e Matsumoto (Nagano). Espantoso que a construção, tamanha a sua importância histórica e arquitetônica, receba tão poucos visitantes estrangeiros.
Além do castelo, é possível conhecer a história da edificação e região no Período Edo através do Museu do Castelo de Hikone. Para abrigar a coleção, foi reconstruído um dos antigos palácios que ficavam no entorno da fortificação. Estão em exibição artefatos usados pelos samurais do Período Edo, uma coleção de máscaras e figurinos do teatro nô, utensílios usados nas cerimônias do chá praticadas pelos guerreiros e muito mais. Vale a visita.

Mestres do disfarce
Enquanto os samurais eram como soldados que empunhavam suas armas e mostravam sua cara e atividade em público, os ninjas eram mais como agentes secretos. Sua atividade principal era a espionagem mas eles também poderiam executar planos de ação como assassinatos, sabotagens e infiltrações. Tudo no sigilo. Koka, já na divisa com a província de Mie, era uma vila que produzia guerreiros especializados neste tipo de atividade. Juntamente com a vizinha Iga, a localidade servia como uma espécie de esconderijo para os que eram derrotados em batalha ou caíam em desgraça com os poderosos.
Durante os séculos 15 e 16, os ninjas de Koka e Iga viveram o seu auge. A reputação desses profissionais fez com que eles fossem procurados por senhores feudais de várias partes do país para executar missões sigilosas. No Koka no Sato Ninjutsumura é possível conhecer um pouco das técnicas de treinamento dos ninjas da região. No local, estão reunidas algumas antigas construções e, num passeio, é possível aprender com os guerreiros escapavam por saídas inusitadas e caminhos alternativos. Também é possível experimentar alguns dos treinamentos, inclusive o uso do shuriken, a hoje famosa estrela da morte, que os ninjas usavam para atingir seus alvos à distância.

Na casa, fica também uma exposição relacionada à arte do ninjutsu, c

Já o Ninja Yashiki é uma antiga residência ninja de cerca de 300 anos de idade. Por fora, trata-se de uma casa como outra qualquer de sua época. Por dentro, porém, é que se vê a engenhosidade desses guerreiros na hora de escapar, se esconder e capturar intrusos. Na casa, fica também uma exposição relacionada à arte do ninjutsu, com técnicas de combate e fuga e, claro, um alvo para treino com o shuriken. Tudo para deixar os amantes de artes marciais mais do que satisfeitos.

Fugindo do tema “ninja” mas ainda falando de engenhosidade, o Miho Museum é um lugar que vai fascinar os amantes de arquitetura. Construído,  numa área de floresta, o museu é totalmente integrado aos arredores, com espaços abertos e amplas janelas de vidro, trazendo o exterior para dentro da construção. A obra do arquiteto sino-americano I.M. Pei abriga peças de antigas civilizações como a egípicia, a romana e outras da Ásia. Boa parte do material fazia parte da coleção privada da fundadora do museu, Koyama Mihoko (1910-2003), uma das mulheres mais ricas do Japão, com uma vida dedicada à arte.

Castelo de Hikone (Hikonejo/彦根城) e Museu do Castelo (Hikonejo Hakubutsukan/彦根博物館)
Shiga-ken Hikone-shi Konkicho 1-1
horário de funcionamento: 8:30 às 17:00 (entrada até 30 minutos antes do encerramento)
entrada do castelo: ¥800  (adultos), ¥300 (estudantes até o final do Ensino Fundamental)
entrada para visitar somente o jardim: ¥200  (adultos), ¥100 (estudantes até o final do Ensino Fundamental)
entrada do museu: ¥500  (adultos), ¥250 (estudantes até o final do Ensino Fundamental)
visita completa: ¥1200  (adultos), ¥350 (estudantes até o final do Ensino Fundamental)
https://goo.gl/maps/fgzwS2G77fBQ3ULS8

Koka no Sato Ninjutsumura
Shiga-ken Koka-shi Kokacho Oki 394
horário de funcionamento: variável ao longo do ano, consulte o site do local
site: koka.ninpou.jp
entrada: ¥1100  (adultos), ¥900 (adolescentes dos 12 aos 17 anos), ¥800  (crianças de 6 aos 11 anos), ¥600 (crianças de 3 a 5 anos)
https://goo.gl/maps/z6NXHvoNgjqeAfv56

Ninja Yashiki
Shiga-ken Koka-shi Konancho Ryuhoshi 2331
horário de funcionamento: 9:00 às 17:00 (entrada até 30 minutos antes do encerramento)
entrada do castelo: ¥650  (adultos e estudantes de ensino médio), ¥350 (estudantes até o final do Ensino Fundamental)
https://goo.gl/maps/H3vNXQu9UKCJPpQPA

Miho Museum
Shiga-ken Koka-shi Tashiro Shigaraki Momodani 300
horário de funcionamento: 10:00 às 17:00 (entrada até 60 minutos antes do encerramento)
entrada do castelo: ¥1300  (adultos), ¥1000 (estudantes universitários), gratuito para estudantes de outros níveis de ensino
atenção: O museu está fechado até o dia 13 de março de 2020.
https://goo.gl/maps/EkuiA1MJoATS44Wm8

 

Conteúdo cedido por JP Guide

Conheça Ehime

Ehime
A Amável Princesa de Shikoku

Somente duas das 47 províncias do Japão tem o caractere que simboliza o amor (愛/ai) no nome: Aichi e Ehime. A primeira é a locomotiva industrial do Japão e sua capital, Nagoya, é uma das mais importantes cidades da Ásia. Já Ehime fica localizada na ilha de Shikoku e é uma pequena joia banhada pelo Mar de Seto, praticamente desconhecida dos turistas estrangeiros que visitam o Japão. Suas belezas naturais encantam os japoneses desde antiguidade. Então chamada de Iyo, a província é apelidada no Kojiki — o mais antigo livro de crônicas sobre o Japão publicado no ano de 712 — com o seu nome atual, Ehime, que pode ser traduzido como “amável princesa” ou, mais figurativamente, como “bela donzela”.
De Matsuyama — a capital e maior cidade da província — até um passeio de bicicleta partindo de Imabari e passando por belas montanhas, dois dos poucos castelos originais do país e pratos com frutos de mar, Ehime é um deleite para quem conhecer um Japão fora do óbvio, de forma tranquila e imersiva. Selecionamos algumas dicas para você se apaixonar por esta pequena e atraente província japonesa. Confira.

A CAPITAL

Maior cidade da ilha de Shikoku, Matsuyama costuma ser a porta de entrada para quem visita a província de Ehime. Servida por uma pequena mas eficiente rede de bondes, a cidade é um convite para quem gosta de passeios tranquilos, com um certo ar de nostalgia. Apesar de ser uma das mais dinâmicas localidades de Ehime, Matsuyama parece que foi congelada na Era Showa (1926 – 1989), considerada pelos japoneses como a Era de Ouro do Japão contemporâneo.

De frente à estação Matsuyama-shi (Matsuyama City Station, em inglês), fica um dos mais populares calçadões comerciais da cidade. Em seus quase 2 km de extensão, o Gintengai tem de tudo: de lojas de roupas até restaurantes. Chamados de forma genérica de shotengai, estes espaços de compra são um antecessor dos grandes shopping centers e são importantes não apenas como centros comerciais mas, também, no entretenimento dos locais.

Uma viagem no tempo
Ozu é uma pequena cidade no sul da província de Ehime. A cidade cresceu no entorno de um pequeno castelo com origem no século 14 e localizado no alto de uma colina, às margens do Rio Hiji. Reconstruído inúmeras vezes ao longo de sua história, o castelo chegou a ter algumas de suas construções salvas da sanha do regime Meiji. Mas as condições estruturais acabaram levando a demolição do que sobrou, ainda no século 19. Foi somente em 2004 que os moradores conseguiram finalizar a reconstrução de uma parte do castelo e, diferentemente do que ocorreu na maioria das localidades que fizeram o mesmo, em Ozu foram usados materiais mais próximos do original. Sendo assim, o castelo é todo em madeira e usa técnicas tradicionais de construção.

A cidade também tem um pequeno centro que é um verdadeiro passeio no tempo. Do calçamento, que data do Período Meiji, até as residências, algumas ainda mais antigas, tudo remete ao passado. Muitas das antigas casas de samurais foram preservadas, embora não sejam acessíveis ao público.
Às margens do rio também fica o Garyu Sanso, uma quinta datada de 1907, com sua construção fortemente influenciada por propriedades da mesma natureza existentes em Kyoto, como a famosa Quinta Imperial de Katsura. O projeto de arquitetura externa relativamente simples se revela grandioso e inteligente nos interiores. Amplos salões, incluindo um com a janela redonda que faz referência à lua cheia. Cada salão é rico em detalhes que valem a pena ser explorados. Dentro da propriedade também fica uma outra construção chamada Furo-an que tem como um de seus pilares uma árvore viva! Um encanto que faz jus ao nome cheio de poesia e delicadeza dado à província de Ehime.

Belo castelo
A outra ponta do calçadão dá para a estação Okaido, bem próxima do teleférico que leva até a mais conhecida atração da cidade, o Castelo de Matsuyama. Inaugurada em 1625, a construção original foi destruída por um raio no início do século 19. A versão atual do castelo data de 1820 mas, mesmo assim, tem um valor histórico inestimável já que a grande maioria dos castelos que existiam no país foi derrubada com a queda do xogunato Tokugawa e a tomada do poder político e militar pelo imperador Meiji em 1868. Como os castelos eram fortificações que ajudavam a manter o poder do xogum e de seus aliados, o novo governo os destruiu para evitar a reorganização das forças leais ao xogunato.

Por ser relativamente recente, o atual castelo também é um dos mais interessantes para a visita. Com duas torres e muitos ornamentos externos, também é frequentemente ranqueado entre os mais belos do país. Localizado no alto do Monte Katsuyama, o topo do castelo oferece uma bela vista da cidade e do Mar de Seto. Bem preservado, o interior do tem exposições que contam a história da cidade e da construção.
Outra atração do castelo é o jardim, cheio de cerejeiras que florescem entre o final de março e o início de abril e é um dos principais pontos para o hanabi — a observação das flores — em Matsuyama. No sopé da montanha, fica ainda o Ninomaru, a segunda camada de proteção do espaço do castelo. Esta era área em que, no passado, ficava a residência do senhor do castelo, além dos espaços administrativos mais importantes. As construções não existem mais. Somente a antiga planta foi preservada e transformada num jardim.

Águas (muito) quentes
Outra localidade muito popular em Matsuyama é Dogo Onsen, uma charmosa estância urbana de águas termais, localizada a cerca de 15 minutos de transporte público do castelo. Citada em registros desde a Antiguidade, a estância se tornou conhecida em todo o país através dos livros de Natsume Soseki (1867 – 1916), autor que viveu por um curto período na cidade. Natsume não só frequentava o Honkan, o principal estabelecimento da área, como retratou Dogo Onsen e outras localidades da cidade em sua obra Botchan.

O povo local não deixou as referências passarem branco. Soseki e seu livro são lembrados de várias formas no bairro. Na praça central, um relógio autômato revela, a cada 30 minutos, os personagens do romance. Um pequeno trem chamado Botchan Ressha, réplica das antigas locomotivas a diesel que circulavam na cidade desde o final do século 19, leva os turistas até a estação Dogo Onsen, um charme adicional no passeio pelo bairro.
Mas o grande atrativo do local é, sem dúvida, o Honkan. A casa de banhos, construída em madeira no século 19, é sempre citada como a inspiração para o diretor Miyazaki Hayao em um dos cenários de seu filme “O Castelo Encantado”. Com três andares, o espaço tem dois banhos, divididos por gênero, revestidos de pedra, sendo o maior deles o Kaminoyu (algo como “banho dos deuses”). O espaço ainda conta com áreas de descanso com piso de tatami e um extraordinário cômodo com paredes folheadas a ouro reservado para a visita da família imperial. Conhecido como “Banho do Imperador”, o espaço pode ser visitado por um valor adicional à entrada.

Dogo Onsen conta, ainda, com outras casas de banho de água termal. Construído nos anos 1950, o Tsubaki no Yu é mais frequentado por locais e é mais simples. Já o Asuka no Yu tem decoração inspirada no Período Asuka (538 – 710) e é uma espécie de versão 2.0 do Honkan. Novíssimo em folha, foi aberto em 2017, oferece banhos públicos e privados, estes últimos sob reserva e com pagamento adicional.

Cruzando o mar de bicicleta
Uma via expressa sobre o Mar de Seto poderia ser apenas mais uma das inúmeras rodovias do tipo que cortam o arquipélago japonês. Mas a Shimanami Kaido é diferente. Formada por oito pontes principais, a rodovia tem, além das estradas de rodagem, uma ciclofaixa para a travessia de bicicletas e pedestres.
Embora a via em si tenha 59,4 km de extensão, o caminho para ciclistas e pessoas a pé totaliza pouco mais de 70 km, já que a jornada é feita não somente nas pontes mas, também, nas ruas das ilhas. O ponto de partida na província de Ehime fica em Imabari e a outra ponta da rodovia, já na ilha de Honshu, desemboca na cidade histórica de Onomichi, que é parte da província de Hiroshima. De todas as pontes, somente a última, na chegada a Onomichi, é exclusiva para veículos automotivos. Esta parte do trajeto é feita de barco e custa ¥110 para cada adulto com a bicicleta. Também existem pedágios para as magrelas nas pontes. Quem faz o caminho inteiro gasta cerca de ¥500 nas cancelas.

Existem lojas para locação de bicicletas nas duas pontas da rodovia e na estação de Imabari. Além disso, existem pontos de aluguel e devolução nas ilhas cortadas pela ciclovia. A locação simples custa entre ¥1100 e ¥1600 por dia, incluindo aí as versões elétricas. Já bicicletas mais arrojadas, da marca Giant, podem chegar até ¥16000 por diária. Em ambos os casos, é preciso deixar um depósito que é devolvido na entrega da bicicleta, desde que ela seja feita em alguma das lojas nas pontas da ciclovia. Quem deixa a bicicleta nas ilhas perde o depósito.

Apreciar o azul do mar do alto das pontes é, sem dúvida, a cereja do bolo da rota. Mas o passeio pelas ilhas é que faz a grande diferença. Cada uma delas tem suas atrações e características e quem tem a intenção de fazer a rota com calma pode, inclusive, pernoitar no caminho. Restaurantes, lojas e outros estabelecimentos são adaptados para receber ciclistas e vários estacionamentos podem ser vistos ao longo da jornada. Como nas rodovias, as pontes maiores têm paradas com lojas e restaurantes.
Fazer a rota completa pode levar entre 4 e 5 horas para pessoas com mais experiência, contando pequenas paradas. Pessoas inexperientes, no entanto, devem ficar alerta. Pensar em 8 e 10 horas para toda a rota, considerando paradas curtas para descanso, não é fora da realidade. Como as bicicletas precisam ser devolvidas dentro do horário de funcionamento das lojas, sair depois das 8 da manhã pode ser arriscado.
Ônibus e barcas operam entre as ilhas e são úteis, em especial, para quem se cansa no caminho. Mas é preciso ficar de olho nos horários, já que eles não são tão frequentes.

CASTELO DE MATSUYAMA
Ehime-ken Matsuyama-shi Marunouchi 1
¥520
9 às 17 horas (entrada até 16:30)
https://goo.gl/maps/fiG45XYhDjKCLTXV7

DOGO ONSEN HONKANEhime-ken Matsuyama-shi Dogoyunomachi 5-6
¥420 (somente o Kaminoyu, os demais espaços estão fechados para restauração)
6:30 às 23:00 (entrada até as 22:30)
https://goo.gl/maps/DnuYx3x13zZJV8Sk9

ASUKA NO YU
Ehime-ken Matsuyama-shi Dogoyunomachi 19-22
a partir de ¥610
6:30 às 23:00 (entrada até as 22:30)
https://goo.gl/maps/VUz4F6xo4pgDqupD7

TSUBAKI NO YU
Ehime-ken Matsuyama-shi Dogoyunomachi 19-22
¥400
6:30 às 23:00 (entrada até as 22:30)
https://goo.gl/maps/jk1UxLNTXcHQLy2d8

CASTELO DE OZU
Ehime-ken Ozu-shi Ozu 903
¥550 (o passe conjunto com o Garyu Sanso custa ¥880)
9 às 17 horas (entrada até 16:30)
https://goo.gl/maps/Hi9t8Yh1LEa3VzE86

GARYU SANSO
Ehime-ken Ozu-shi Ozu 411-2
¥550 (o passe conjunto com o Castelo de Ozu custa ¥880)
9 às 17 horas (entrada até 16:30)
https://goo.gl/maps/nA3PYFbYKG9n8G688

 

Matéria cedida por https://jpguide.co

Falha de comunicação no ambiente de trabalho

Muitos equívocos e até mesmo muitos imprevistos podem ser evitados no ambiente de trabalho quando há uma atenção maior para evitar falhas de comunicação.

Existem vários tipos de falhas de comunicação, que pode partir desde a alta gestão da empresa, ou do próprio setor de comunicação e/ou recursos humanos, quanto de funcionários que compõem a parte mais operacional da empresa.

A empresa pode ajustar essas falhas investindo na melhoria da cultura de comunicação, utilizando de forma mais precisa e estratégica as algumas ferramentas para alinhar a comunicação com o público interno. como por exemplo: Jornal Mural, e-mail marketing, intranet e treinamentos. Espera-se que estratégias bem desenvolvidas sejam capazes de transmitir a real cultura da empresa aos colaboradores.

Mas os colaboradores também podem fazer sua parte individualmente. Alguns exemplos práticos para melhorar a comunicação no trabalho é desenvolver a capacidade de ouvir e aceitar/dar feedbacks, buscar desenvolver a empatia e quaisquer outras habilidades que melhorem os relacionamentos interpessoais.